Bolsonaro, seguidores e o voto impresso - Coluna do Geraldo

Durante os últimos meses, talvez na tentativa de fugir explicitamente dos mortos pela covid e da CPI da mesma, onde seus altos funcionários encontram-se afundados na lama até o talo, usando um linguajar mais popular. O ocupante da casa de vidro tem trabalhado diariamente na aberração do voto impresso. Proposta esta feita pela não menos “aberrante” Bia Kicis.

Mas o que querem Bolsonaro e seguidores com essa proposta? Melar a eleição pura e simplesmente. A tal proposta, única até agora da senhora Kicis, que muda de acordo com o vento, agora diz que meu voto será impresso e eu devo colocá-lo numa urna de papelão ou sabe-se lá de qual material eles decidirão até lá. Os votos ficarão à disposição de quem quiser contestar o resultado do pleito. Devemos lembrar, nós os mais velhos, que nas eleições com voto de papel sempre havia recontagens para cargos eletivos menores. Para Senador lembro de apenas um que Waldir Pires pediu, mas o Juiz eleitoral nunca permitiu. Na eleição citada, os mapas mostravam mais votos para Waldeck Ornelas do que para a velha raposa ACM.

Tomemos como exemplo a cidade de Ilhéus. Vários candidatos e candidatas a vereança supunham que pelo menos a família votaria neles. Erraram feio nessa suposição e teve candidato que lembrou até uma música, O Político, do Dicró. Até aí, tudo bem. O problema é o que o presidente e seus seguidores irão contestar os resultados do primeiro turno e a recontagem será no papel. Isso levará semanas e aí sim teremos, como nos velhos tempos, mapas com votos à mercê dos escrutinadores, na imagem vocês podem ver uma moça dormindo em cima dos votos e do mapa eleitoral. Os resultados jamais serão exatamente iguais porque já se burlava o sistema naquela época e vão burlar novamente para que as eleições sejam, se possível, anuladas. Extrapolaremos a data do segundo turno e após este, caso o presidente avance, pedirá nova recontagem, outra recontagem e recontagens até que o seu desejo seja saciado e Bia Kicis elabore uma nova PEC instituindo o voto no papel e escrito a lápis.

Vale ressaltar que o desejo, o que Bolsonaro e seus seguidores querem mesmo é uma guerra civil que de preferência morram mais brasileiros que durante a covid. O presidente e seus seguidores não se importam Geraldo